sexta-feira, 18 de julho de 2014

A BÍBLIA E A PRÁTICA DO SEXO - I

Pr. Gomes Silva


Na primeira carta escrita aos Coríntios, capitulo 6, versículo 18, o apostolo Paulo faz uma exortação quanto à pratica do sexo: "Fugi da imoralidade. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo; mas quem pratica a imoralidade peca contra seu próprio corpo". Ele não estava proibindo sexo. Porém, chamando a atenção para uma realidade naquela época e que serve para a igreja contemporânea. O Comentário da Bíblia de Estudos MacArthur diz que: "há um sentido no qual o pecado sexual destrói uma pessoa como nenhum outro, porque se trata de algo tão íntimo e tão entrelaçado que corrompe o nível mais profundo do ser humano. Todavia, Paulo estava provavelmente aludindo a doenças venéreas, predominantes e devastadoras em seus dias".

Nenhum pecado tem tamanho poder para destruir o corpo, algo que o cristão tem que evitar por causa da realidade presente nos versículos 19 e 20 do mesmo capítulo: "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tende da parte de Deus, e que não sois de vos mesmos? Pois fostes comprados por preço; por isso, glorificai a Deus no vosso corpo".  Como sabemos pela palavra de Deus, o corpo do cristão pertence ao Senhor, pois no versículo 13, diz que "(...) o corpo não é para a imoralidade, e sim para o Senhor, e o Senhor para o corpo".

A prática do sexo não é pecado. Isso eu posso assegurar, pois é uma criação de Deus. O que quero chamar a sua atenção é para algo que tem deixado muita gente irada com essa realidade: Todo ato de fornicação (sexo praticado antes do casamento), adultério (prática do sexo fora do casamento) ou qualquer outro pecado é cometido pelo cristão no santuário, onde o Senhor habita.

Infelizmente (dependendo do objetivo da procura), entre as palavras mais procuradas na Rede Mundial de Computadores está o termo "sexo". E o que se pode notar é alguns “desavisados” terem uma verdadeira compulsão por verem pornografia na Internet. Não é por acaso que as revistas pornográficas estão entre as mais vendidas no mundo, principalmente no Brasil. Se você liga a TV lá está o sexo predominando nas cenas de novelas, comerciais e em outras circunstancias incompreensíveis, a exemplo de colocar uma mulher seminua num comercial de material de construção.

Mas a Palavra de Deus nos ensina como usar corretamente o sexo. Por isso, esclarecemos o seguinte:

1) Sexo não é sinônimo de pecado. Lamentavelmente, muita gente ainda continua ensinando que o primeiro pecado do casal Adão e Eva foi sexo. Isso é mentira de Satanás. Deus criou Adão e Eva e deu-lhes sexualidade e fez de ambos uma só carne (GENESIS 2:22).

A respeito disso, Norman Geisler em o livro Ética Crista: Opções e Questões Contemporâneas, da Editora Vida (2010), página 315, diz que a expressão "uma só carne", que diz respeito a estar unido com alguém, “carrega em si a conotação de integridade e completude. A implicação é que a união conjugal é completa com dois indivíduos de sexo oposto”. A ideia, segundo Norman, de relacionamento monógamo perfeito é o que se restabelece nessa passagem, e a monogamia continua sendo o desígnio correto encontrado por todo o Antigo e Novo Testamentos (Mateus 19:4-6 e 1 Coríntios 7:2).

2) Deus criou o sexo para reprodução e prazer do ser humano. O objetivo principal da criação do sexo foi a reprodução. Porém, o livro de Provérbios 5:18-19, diz: "Seja bendito o tem manancial, e alegra-te comum a mulher da tua mocidade, corça de amores e fazê-la preciosa. Saciem-te os teus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as tuas carícias". Conforme John MacArthur, o Senhor se oferece para abençoar a fecundação masculina quando o marido se dedica somente a sua esposa. E podemos observar que, apesar da poligamia pecaminosa de Davi e Salomão, assim como a desastrosa poligamia de Roboão (cf. 2 Crônicas 11:21), a instrução, aqui, demonstra que o ideal de Deus é apenas uma esposa desde a juventude.

3) Segundo a Revista de Estudos Bíblicos "Aleluia" (julho - 2004), "o sexo deve ser a expressão de amor entre um casal heterossexual". Traduzindo: O ato sexual entre marido e mulher deve ser expressão de amor. O prazer de estar com quem se ama, e ter prazer com quem se ama é uma bênção de Deus;

4) O sexo deve ser vivido no MATRIMONIO. Relacionamentos sexuais vividos antes do casamento, como falei antes, ou fora do matrimonio, são condenados pela Palavra de Deus ( Revista de Estudos Bíblicos "Aleluia" – julho/ 2004).

Precisamos entender que impureza, relações sexuais ilícitas, formicação, imoralidade, prostituição, adultério são termos usados nas Escrituras para referir-se a pecados de natureza sexual. No livro de Atos dos Apóstolos 15:29 está escrito: "que vos abstenhais (...) das relações sexuais ilícitas". Já Paulo, em 1 Tessalonicenses 4:7, afirma que "Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação". Além disso, ele não deixa os colossenses sem instrução, afirmando: "Fazei, pois, morrer a nossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lascívia, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Colossenses 3:5).

Sem duvidas, a sexualidade imaginada por Deus é sadia, prazerosa. No entanto, o homem tomado pela lascívia, pela luxúria, fez do sexo um instrumento do pecado. E outros fizeram do sexo um “deus”. Por exemplo: O carnaval é um culto à nudez, à libertinagem e ao sexo. E muitos seguidores de Cristo batem palmas para o que veem como se isso fosse normal aos olhos do Senhor. E não é. Pelo contrario. A Palavra de Deus afirma que essas práticas são pecaminosas se tornam "iniquidade" e fere a santidade de Deus na vida de seus filhos (cf. Isaias 59:2).

Deus vos abençoe.


E lembre-se: Sem Cristo não há salvação!

A BÍBLIA E A PRÁTICA DO SEXO - II

Pr. Gomes Silva


Como vimos na coluna anterior, a sexualidade imaginada por Deus é sadia e prazerosa. Todavia, o sexo foi transformado em um instrumento do pecado por causa da lascívia e da luxúria, que tomaram conta do coração do homem – cf. Gálatas 5:19.A Revista Aleluia nº 70 (Editora Aleluia – 2004), destaca a sexualidade doentia, citando como exemplos: pornografia, abuso de crianças, violência sexual e o envolvimento homossexual.

É indiscutível a propagação da pornografia, hoje, no Brasil e de forma exacerbada. Os meios de comunicação não tem feito nenhum esforço para colaborar com o combate à “prisão” às fantasias estampadas nas páginas das revistas pornográficas, o que avaliamos ser uma espécie de tentativa de sepultamento da sexualidade saudável por parte da sociedade desviada dos princípios cristãos. Pelo contrário. Temos visto um acentuado número de órgãos de comunicação contribuindo sobremaneira para a proliferação da pornografia através de filmes, novelas e comerciais etc, “que tem despertado até crianças para a sexualidade contaminada pelo pecado” (Revista Aleluia nº 70 - Editora Aleluia / Julho-2004).

Outra prática repudiável é o abuso sexual de crianças, conduta esta vivenciada com freqüência, sendo que os agressores, muitas das vezes, são membros da própria família e até responsáveis pelo seu cuidado. No Brasil existe o Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo, muito pouco tem sido feito pelas autoridades competentes para proporcionar segurança aos curumins ou realizar mais campanhas de conscientização às famílias quanto aos cuidados que devem na criação de seus filhos, prevenindo-os contra homens malignos.

Aliada a esse abuso referido acima está à violência sexual. E isto não é de agora. A Bíblia relata que o Rei Davi enfrentou um problema idêntico em sua própria casa, quando seu filho Amnon cometeu violência sexual com sua irmã Tamar – 2 Samuel 13:1-4.

A homossexualidade também está na mesma linha do abuso sexual e condenada ao longo do Antigo Testamento. O profeta Ezequiel falou contra os pecados de Sodoma, qualificando-os como “abominação” (Ez 16:50). Esta mesma palavra foi utilizada para descrever os atos homossexuais no livro de Levítivo 18:22-23. Mesmo assim, fortes apelos são feitos por uma parte dos meios de comunicação e por grupos de ativistas gays para que ela seja considerada normal pela sociedade, tachando de homofóbico quem discordar. Só que a maioria da população brasileira não aceita tal prática.

Pela Bíblia e pelos princípios naturais, podemos afirmar que o relacionamento afetivo e sexual entre pessoas do mesmo sexo, propagado como sendo natural pelos meios de comunicação é condenado por Deus. No livro do apóstolo Paulo, endereçado aos romanos, capítulo 1, versículos 26 e 27, está escrito: “Por causa disso, os entregou Deus paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Bíblia Almeida Revista e Atualizada – Editora Sociedade Bíblica do Brasil – Barueri-SP. Ano: 2007). Mas, assim como a homossexualidade, a Bíblia também condena o adultério, fornicação, masturbação, bestialidade e zoofilia.

De maneira geral, temos visto que a finalidade clara da maioria dos programas de TVs, principalmente, é mostrar que o sexo fora do casamento, o sexo sem amor, a relação entre pessoas do mesmo sexo etc, são práticas que jamais dever ser reprovadas. Diante dessa - que entendo ser uma aberração -, consideramos um erro grave um pai colocar seus filhos à frente da televisão e deixá-los à vontade sem, ao menos, procurar saber quais são suas intenções estando sozinhos assistindo aos inúmeros programas disponíveis.

Não podemos deslembrar que Deus criou o sexo para ser praticado com responsabilidade e com fidelidade entre os cônjuges. Só assim esse relacionamento será saudável.

Com esse entendimento pela Bíblia, os pais não só devem ser fielmente ao cônjuge como precisam pensar também em seus filhos, sabendo de antemão que os adolescentes e os jovens passam por apuros e crises de identidade. Por isso, devem conversar sempre com eles sobre sexualidade e tirar suas dúvidas, preparando-os para uma vida matrimonial sadia mais tarde. Isto porque, todo casal deveria tomar ciência, antes de ir ao altar, que o Senhor condena a infidelidade conjugal (Malaquias 2:15). O adultério é fruto, em muitos casos, de conflitos vivenciados no relacionamento, advindos da falta de respeito, brigas constantes, falta de amor, problemas de natureza sexual e principalmente por falta da direção de Deus.

Aliás, marido e mulher devem ter um diálogo franco sobre a vida sexual. E não deve envergonhar-se de buscar ajuda de um profissional quando enfrentarem problemas. E digo mais: Para a perfeita realização na vida sexual, os cônjuges devem vencer tabus e superar complexos.

E antes que alguém mande um e-mail perguntando, vou logo respondendo: sexo antes do casamento é pecado; “ficar” também é pecado, pois, além de ser uma pratica condenado pela Palavra de Deus, a menina corre o risco de engravidar. E aí pode surgir a pergunta: Para expressar sentimentos pelo parceiro, não é necessário praticar sexo antes do casamento? O escritor Norman Geisler responde em seu livro “Ética Cristã” Editora Vida Nova, ano: 2010, página 327, dizendo: “Não, não é, por diversos motivos. Primeiro, além do sexo, existem outras maneiras apropriadas para expressar amor; segundo, o amor não é um sentimento; é uma escolha. O amor é compromisso; não é expressão emocional. Terceiro, sentimentos e emoções são meios de expressar o amor, e não a única maneira de fazê-lo. Quarto, não existe maneira melhor de expressar amor por outra pessoa do que manter puro, se comprometer com alguém em casamento, honrar o Senhor em todas as coisas e buscar o melhor para o cônjuge (...)”.

Lembre-se: A melhor maneira de evitar a Aids não é a camisinha; mas a fidelidade conjugal.