sexta-feira, 18 de julho de 2014

A BÍBLIA E A PRÁTICA DO SEXO - II

Pr. Gomes Silva


Como vimos na coluna anterior, a sexualidade imaginada por Deus é sadia e prazerosa. Todavia, o sexo foi transformado em um instrumento do pecado por causa da lascívia e da luxúria, que tomaram conta do coração do homem – cf. Gálatas 5:19.A Revista Aleluia nº 70 (Editora Aleluia – 2004), destaca a sexualidade doentia, citando como exemplos: pornografia, abuso de crianças, violência sexual e o envolvimento homossexual.

É indiscutível a propagação da pornografia, hoje, no Brasil e de forma exacerbada. Os meios de comunicação não tem feito nenhum esforço para colaborar com o combate à “prisão” às fantasias estampadas nas páginas das revistas pornográficas, o que avaliamos ser uma espécie de tentativa de sepultamento da sexualidade saudável por parte da sociedade desviada dos princípios cristãos. Pelo contrário. Temos visto um acentuado número de órgãos de comunicação contribuindo sobremaneira para a proliferação da pornografia através de filmes, novelas e comerciais etc, “que tem despertado até crianças para a sexualidade contaminada pelo pecado” (Revista Aleluia nº 70 - Editora Aleluia / Julho-2004).

Outra prática repudiável é o abuso sexual de crianças, conduta esta vivenciada com freqüência, sendo que os agressores, muitas das vezes, são membros da própria família e até responsáveis pelo seu cuidado. No Brasil existe o Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo, muito pouco tem sido feito pelas autoridades competentes para proporcionar segurança aos curumins ou realizar mais campanhas de conscientização às famílias quanto aos cuidados que devem na criação de seus filhos, prevenindo-os contra homens malignos.

Aliada a esse abuso referido acima está à violência sexual. E isto não é de agora. A Bíblia relata que o Rei Davi enfrentou um problema idêntico em sua própria casa, quando seu filho Amnon cometeu violência sexual com sua irmã Tamar – 2 Samuel 13:1-4.

A homossexualidade também está na mesma linha do abuso sexual e condenada ao longo do Antigo Testamento. O profeta Ezequiel falou contra os pecados de Sodoma, qualificando-os como “abominação” (Ez 16:50). Esta mesma palavra foi utilizada para descrever os atos homossexuais no livro de Levítivo 18:22-23. Mesmo assim, fortes apelos são feitos por uma parte dos meios de comunicação e por grupos de ativistas gays para que ela seja considerada normal pela sociedade, tachando de homofóbico quem discordar. Só que a maioria da população brasileira não aceita tal prática.

Pela Bíblia e pelos princípios naturais, podemos afirmar que o relacionamento afetivo e sexual entre pessoas do mesmo sexo, propagado como sendo natural pelos meios de comunicação é condenado por Deus. No livro do apóstolo Paulo, endereçado aos romanos, capítulo 1, versículos 26 e 27, está escrito: “Por causa disso, os entregou Deus paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Bíblia Almeida Revista e Atualizada – Editora Sociedade Bíblica do Brasil – Barueri-SP. Ano: 2007). Mas, assim como a homossexualidade, a Bíblia também condena o adultério, fornicação, masturbação, bestialidade e zoofilia.

De maneira geral, temos visto que a finalidade clara da maioria dos programas de TVs, principalmente, é mostrar que o sexo fora do casamento, o sexo sem amor, a relação entre pessoas do mesmo sexo etc, são práticas que jamais dever ser reprovadas. Diante dessa - que entendo ser uma aberração -, consideramos um erro grave um pai colocar seus filhos à frente da televisão e deixá-los à vontade sem, ao menos, procurar saber quais são suas intenções estando sozinhos assistindo aos inúmeros programas disponíveis.

Não podemos deslembrar que Deus criou o sexo para ser praticado com responsabilidade e com fidelidade entre os cônjuges. Só assim esse relacionamento será saudável.

Com esse entendimento pela Bíblia, os pais não só devem ser fielmente ao cônjuge como precisam pensar também em seus filhos, sabendo de antemão que os adolescentes e os jovens passam por apuros e crises de identidade. Por isso, devem conversar sempre com eles sobre sexualidade e tirar suas dúvidas, preparando-os para uma vida matrimonial sadia mais tarde. Isto porque, todo casal deveria tomar ciência, antes de ir ao altar, que o Senhor condena a infidelidade conjugal (Malaquias 2:15). O adultério é fruto, em muitos casos, de conflitos vivenciados no relacionamento, advindos da falta de respeito, brigas constantes, falta de amor, problemas de natureza sexual e principalmente por falta da direção de Deus.

Aliás, marido e mulher devem ter um diálogo franco sobre a vida sexual. E não deve envergonhar-se de buscar ajuda de um profissional quando enfrentarem problemas. E digo mais: Para a perfeita realização na vida sexual, os cônjuges devem vencer tabus e superar complexos.

E antes que alguém mande um e-mail perguntando, vou logo respondendo: sexo antes do casamento é pecado; “ficar” também é pecado, pois, além de ser uma pratica condenado pela Palavra de Deus, a menina corre o risco de engravidar. E aí pode surgir a pergunta: Para expressar sentimentos pelo parceiro, não é necessário praticar sexo antes do casamento? O escritor Norman Geisler responde em seu livro “Ética Cristã” Editora Vida Nova, ano: 2010, página 327, dizendo: “Não, não é, por diversos motivos. Primeiro, além do sexo, existem outras maneiras apropriadas para expressar amor; segundo, o amor não é um sentimento; é uma escolha. O amor é compromisso; não é expressão emocional. Terceiro, sentimentos e emoções são meios de expressar o amor, e não a única maneira de fazê-lo. Quarto, não existe maneira melhor de expressar amor por outra pessoa do que manter puro, se comprometer com alguém em casamento, honrar o Senhor em todas as coisas e buscar o melhor para o cônjuge (...)”.

Lembre-se: A melhor maneira de evitar a Aids não é a camisinha; mas a fidelidade conjugal.

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