Pr. Gomes Silva
A Bíblia mostra de Gênesis a
Apocalipse, com especial destaque nas páginas do Novo Testamento, a grandeza e
o poder de Jesus Cristo; sua morte na cruz para remissão de pecados e sua
ressurreição três dias depois, proporcionando ao arrependido a rica
oportunidade de viver uma eternidade na presença do Senhor. Claro que muitos
não acreditam nas Escrituras enquanto que outros preferem conviver uma vida
independente de qualquer interferência divina, mas isso é questão de livre
arbítrio de quem ainda não compreendeu o objetivo da mensagem bíblica.
No entanto, uma passagem das
Escrituras merece uma primorosa reflexão por cada leitor: Mateus 8:23-27. Ela
mostra claramente Jesus Cristo acalmando as procelas em pleno meio do mar.
Hoje, inúmeros temporais tem alcançado a individualidade de muitas pessoas,
famílias, igrejas, escolas, porém existe uma alternativa: O Criador.
A referência bíblica citada acima
apresenta Jesus Cristo embarcando num barco, juntamente com seus discípulos, e
entrando no Mar da Galiléia cuja largura é imensa. Quando eles alcançam o meio,
a tranqüilidade deu lugar à preocupação em função do temporal de vento e as
ondas fortes que cobriam o barco. Menos para Jesus.
O casamento, por exemplo, não
está isento desses temporais. De início, muita expectativa, preparação,
corre-corre para que tudo dê certo no dia escolhido para a grande cerimônia.
Segue-se a caminhada até que a morte separe os cônjuges, vivenciada com
alegria, prazer, passeios, filhos etc. Todavia, quando menos se espera surgem
as tempestades: Ciúme, indiferença, falta de diálogo, falta de compreensão,
falta de respeito, falta de carinho e muitas outras coisas.
Diante daqueles imprevistos, os
discípulos recorreram a Cristo, que estava repousando na popa do barco. A
expressão que despertou o Senhor foi forte: “Salva-nos, Senhor! Havia fé nos
discípulos no agir de Jesus? Sim. Mas, Cristo fez uma acusação: “Por que
temeis, homens de pequena fé”. Cristo chamou essa atitude deles de falta de fé,
porque no momento de apuro, se tornaram nervosos, perderam a calma, gritaram
conturbados e chegaram a se irritar.
Da mesma forma, existem muitas
pessoas que ficam nervosas, perturbados, perdem a esperança e murmuram quando
as intempéries surgem na sua vida ou no seu relacionamento conjugal,
esquecendo, assim, de recorrer à terceira pessoa (e a mais importante) dentro
da formação familiar: Jesus Cristo. Ou seja, essas atitudes se dão geralmente
quando as pessoas querem eliminar os problemas sem a participação de Deus.
Pelo relato bíblico, as
tempestades aumentaram e os discípulos não tiveram outra coisa a fazer senão a
de recorrer a Jesus Cristo, que estava dormindo, descansando com a cabeça sobre
um travesseiro. Todavia, alguns detalhes nessa história nos chamam a atenção:
1) Os discípulos conheciam o mar e o clima da região, já que eles viveram a
maior de suas vidas exercendo a profissão de pescadores; 2) Eles conheciam as
épocas em que surgiam as tempestades; 3) Eles estavam acostumados a enfrentar
grandes temporais. Só que naquele dia as tempestades foram maiores e eles ficam
apavorados razão pela qual despertaram Jesus: “Salva-nos, Senhor! porque vamos
morrer”. O Filho de Deus se levanta e repreende o vento e o mar. E todos
ficaram admirados, perguntando: Quem é esse que até o mar e o vento lhe
obedecem?
Muitas pessoas proclamam Jesus
como Senhor de suas vidas e até garantem: “Eu e minha casa servimos ao Senhor”.
Mas isto, na maioria dos casos, só dura até surgirem repentinamente as
aflições, o perigo extremo e as piores dificuldades. Quando os discípulos
despertaram ao Senhor, sabiam que só Ele era a solução, com dois detalhes a
serem considerados: 1) Porque aqueles “estudantes” da escola divina conheciam
Jesus Cristo há algum tempo; e 2) Eles tinham intimidade com Cristo a ponto de
incomodá-lo em seu repouso a qualquer hora do dia ou da noite.
Essa intimidade com Cristo, no
entanto, não será formada em um único momento. Leva tempo e disposição para se
buscar o Senhor, andar com o Senhor, comer com o Senhor, reverenciar o Senhor,
obedecer ao Senhor e entregar a própria vida a Cristo, consentindo que Ele seja
o “Grande-eu-sou” do seu relacionamento conjugal. Pois com Cristo: os problemas
serão resolvidos com mais facilidade, haverá perdão entre os cônjuges; a
família será mais unida, a paz tende a reinar entre pais e filhos, as
indiferenças familiares serão aniquiladas e o amor aperfeiçoado no
relacionamento familiar.
Obviamente, para vencer as
tempestades no relacionamento e ter intimidade com o Senhor os cônjuges devem
ter atitudes, observando a orientação do apóstolo Paulo aos casais da igreja
estabelecida em Éfeso. À mulher o conselho é para que ela seja submissa (sujeita)
ao marido, como se fosse ao Senhor, isto porque o marido é a cabeça da mulher,
como também Cristo é a cabeça da igreja (Efésios 5:22-23). O que muitas delas
não aceitam é o que diz o versículo seguinte: “De sorte que assim como a igreja
está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus
maridos” (Efésios 5:24).
Aos homens, o discípulo foi mais
incisivo. “(...) amai vossas mulheres, como Cristo amou a igreja, e a si mesmo
se entregou por ela, para santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra, Para a apresentar a si mesmo, igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar
as suas próprias mulheres, como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua
mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne;
antes a alimenta e sustenta, como, também, o Senhor à igreja; Porque somos
membros do seu corpo. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a
sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a
respeito de Cristo e da igreja. Assim, também, vós, maridos, cada um ame a sua
própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido” – Efésios
5:25-33.
Em assim sendo, maridos e
mulheres precisam entender que, a partir do momento que “descem” do altar e vão
residir numa nova residência a situação é diferente. A partir dali deixarão
seus pais. Este “deixar” é geográfico, financeiro, emocional e público, tendo
compromisso um para com o outro, vivendo a unidade de uma só carne e a
intimidade peculiar ao casal.
Portanto, cada ser humano deve
imitar os apóstolos de Jesus e manter comunhão com Deus (Jeremias 19:12-14),
ler e meditar nas escrituras (Josué 1:9), conhecer a verdade (João 8:32) que
transforma pela renovação da mente (Romanos 12:1-2), pois da forma como repreendeu
o evento e o mar, Jesus vai acalmar as tempestades que avassalarem seu
relacionamento conjugal ou sua vida profissional, moral e espiritual. Se cada
cônjuge cumprir seus deveres e obrigações, conforme mandamento do Senhor,
certamente o casal viverá maravilhosamente.
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Consultas:
Bíblia Mundo Bíblico – Online
Bíblia Almeida Século 21. Editora
Vida Nova. São Paulo. 2010
Revisão:
Mariana Gouveia – Campina
Grande/PB
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